sexta-feira, 13 de março de 2009

Tempos de quadros.

"E és inspiração demais para mim.
Não consigo suportar.
Usarei essa palavra de hoje em diante,
adiante...

Inspiração é, ela irá mascarar
todos os meus possíveis sentimentos...

Encobrirá
todas as outras palavras de que tenho medo
e tudo se tornará, tão...
Bonito e poético, patético.
Talvez inspirará outras pessoas
Como essas fazem pra mim.

Não-promessas fizemos
e agora tuas marcas estão aqui.

Como um selo, que diz: Não me esqueça.
Não teria esquecido de certa forma.
Todas tuas formas,
não mesmo.

E eu não quero automatizar as coisas,
por isso eu gosto sim da distancia.
Assim, dessa loucura de ser
tudo tão perfeito,
de vez em quando.

Não me cansarei de ansiar por te ver.

E a cada dia, a cada novo dia...
contigo seria diferente.
Em algum lugar.
Não mesmo...”

Para a Daia.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Na cama.

Bateu um frio.
Depois dos corpos entrelaçados,
tudo se esqueceu.
Tudo se aqueceu.
Nossos olhos se fecharam
e tudo virou breu.

O Sol se Pôs, o frio bateu.
Mas nada,
estavam gelados, congelantes, congelados.
Sempre os pés.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Eu não sei.

Posso dizer que não és o primeiro nem o último,
nem eu sou...

Tu és alguém do meu presente.
Que mesmo não, ainda se faz presente.
Quanto tempo?
Eu não sei.

Poderia ser o tempo que estamos a viver agora,
Poderia ser o tempo que quiséssemos, sempre é.

Nunca parece,
nós nunca nos sentiríamos tão seguros dessa maneira novamente.
Mas, tem algo que sempre permanecerá.
é o que sempre permanece.

terça-feira, 10 de março de 2009

Mãos.

Dê-me sua mão
Eu quero sentir
sua pele entre meus dedos.

É esse o corpo
que eu quero na minha cama.

Toda assim.

“ Toda vez que...
És tudo aquilo que...
Mais...
Queria que fosses.

Nada a mais nem a menos

Mas és mesmo, toda assim.
Toda, sem meio nem fins,
se já és metade, me deixas...
feliz.

Não digo que és perfeita
mas toda imperfeita assim

Mas não!
És tudo, toda...
Toda assim...

Que me deixas ...sem ar.

(Pra ela só dela, tão bela)

Sem homem.

“A sombra sem homem,
o homem sem sombra.

Sem apegos, relampejos
sem apertos, aferros
sem beijos, melhor assim.

Faz mal e as pressas
cobre iguarias com ovos
para as fritas

De antemão, sem mãos
sem pés,
temão de charrua
rabiça de arado.

O homem sem sombra”

Um brinde a.

Um brinde a Saudade...

Saudades de ti rindo de mim
e pra mim,
junto de mim.

De rir do nada, de nada e pra nada
e de tudo, de todos.
De rir de nós e dos outros.
De rir da vida e rir da morte.

As nossas risadas saudáveis e doentias
sem pausas e causas.
Sem causas e por acaso.

A Aquelas risadas, tão boas
e que boas e más risadas.
A saudade.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Essas meninas.

E ao cair da noite.

Embaixo das cobertas...
Logo abaixo.
Não eram muitas.
Cobertas de anseios e desejos,
Sonolentas...

Tão estranhas, tão...

E sentem frio e
Estão com calor...
Essas meninas...
Tão mulheres.

Dormem.
E ao vê-la
Tão pequena,
Tão inocente
Todos seus sonhos
E inquietações,
Logo aparecem,
Aparecem e vão.

Acordo-a sutilmente
Engano-me e acerto.

E me olha nos olhos,
Nem tão pequena.
Nem tão inocente
Mas...
Que medo tenho,
De quebrá-la, afinal...

E ao amanhecer,
Já és tão diferente,
Mas ainda assim...
Pareces tão bela,
E mexe nos cabelos e
Sorrisos...

Com vergonha
Do seu próprio umbigo.
E não da tinta na sua pele.
Somos duas
E tu és tão...

E se envaidesse
e se envergonha,
Vai e desses...
Se esconde e reaparece,
Não precisas!
Pois és...
Uma pequena garrafa.
Minha garrafinha.

E tens a mim a seus pés.

terça-feira, 3 de março de 2009

Tortinhas.

“E depois de tanto tempo, tantas horas,
eu procuro um lugar, pra te querer mais
e me guardar.

Algo incerto, no certo
E não sei o que ela tanto quer.
o que poderia mais querer
Coisas inúteis, tão fúteis.

Sabotando relacionamentos

Eu só tenho você
Porque eu só quero você, ele diz

Ah...Aquela tarde de domingo,
E choveu e fez calor, fez sol e esfriou,
Fez calor e caímos na gandaia.

E caíram lagrimas de seus olhos.
e ela séria e chorosa.
Sorrisos de novo, novos sorrisos.
E era eu e você.

E no seu telefone dizia, comprar flores
E ela não quis.
- Flores morrem.
mas não era isso.
Era tudo que ela sempre quis, dizia que não queria.

Ele ri de suas piadas e como,
Comem tortinhas.
E ela ainda insiste que é sem graça,
Cheia de graça, sem graçinha.”