domingo, 4 de abril de 2010

Meu poema morreu.

Meu poema morreu!
Assim como minha cabeça, se foi.
E assim como tudo, ao meu redor...
também!


 Rolou as escadarias principais,
desmoronou morro abaixo e se entulhou com meras
letras de jornais.

Ele morreu, e está por ai...
como almas penadas,
e pássaros sem asas. 


A percorrer... arredores,
sobre voando terrenos vazios,
distintos entre becos...e bocas tolas.

Meu poema morreu, e voltou!
Veio voando como carta, em bico de pombo correio.


Meu deus! 
E é sério ele se foi em vão...quando vão
entender.
Mas, pelo menos... morreu pelo meu bem.

Ele morreu por todos nós! 
E agora, está único, solo, 
E só.

Num pé dês tal, num pé de cristal.
Onipresente.
E eu ainda, não tenho a  sã conciencia, de nada.

Mas, sei que,
ele não mais se misturará com os demais,
com os, mais mais...
Com aqueles, poeminhas de poetizas e poetinhas,
lero-lero.

O meu poema morreu e ponto.
Ele não bateu nenhum.

Não! 
Ele não só morreu, 
ele só ta lá:
na boca do povo.

Na casa de lata, no papelão grosso.
Na Tv globo...


Ele já passou afû do ponto.
Ele morreu pra eu.

Pra minha estima
e façanha.

E eu não faço graças, não vejo garças, nem pelos
corredores do hospício...

Só vejo por entre as pás,
paredes amar é linhas, brancas e...
amar eu...
que auspício.

Aaaah eu me irritei feio e tá feito:

Eu espalhei diretrizes e rabisquei-o na parede, pelos basculhantes.
E derramei vinho nos livros de outros. 
Só pra não lerem, os dos outros!

Eu o colei nos vidros de carros, e fiz cópias em braile pros cegos de 
espírito, e pobres de coração. 
Desenhei em azul, em rosa 
ou em cinza!
Em magenta ou ciano, marfim.

Várias... texturas, pra se usar.
Vários textos como usura, pra se falar! 

Mas quando meu poema tava lá, eu desisti de escrever e rasguei as folhas.
Agora, ele não existe mais...

E não há mais histórias, pra se contar.
Por isso sou louca, por que eu não admito nada e
que nada fique
nesse lugar.

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