terça-feira, 16 de março de 2010

matadouros, couro e narcóticos.

O bebê baba
A babá é boa
O boi bebe.

O boi come a vaca...
E pastas.. a mãe carrega.
Na barriga fétida.

Sendo assim a vaca, proporciona
Logo, leite pro bebê.
Que um dia, irá babar pela babá boa.

Se for bebê homem, porque se for menina
Comerá bois, e usará couro como sua mãe.
Nos pés. Nas mãos: bolsas.

A babá não proporciona leite.
Do qual, o bebê tanto e quanto quer
Sua mãe, não o dá. Bola.

Mas dá leite e babá, bebeis, bebê.
-Te dou tudo, que tu precisa, e babeiros.
Por isso o bebê, baba.

Pela boca, regurgita e das suas entranhas,
as mais estranhas coisas saem
e voltam, ele arrota.

A babá bate! Nas suas costinhas.
Tão... Tão pequenininho.
-Assim, ele para de chorar.

Sua mãe, não o dá leite.
Na boca, não o nana tanto.
Nem o difere dos gatos e sapatos.

No closet que se abre escondido,
para o bebê não saber
abri-lô, ele morde os bicos.

São tantas línguas na cabeça
Que não há espaço.
E tanta maquiagem abaixo dos olhos.

Que ela, já não mais vê, não há espaço.
A esconder as olheiras. Que tantas dores?
De cabeça? Cartões e contas, peroladas.

Só pelos seus resíduos sujos e mórbidos.
E suas orelhas furadas...
A pulseirinha ainda suja de sangue.

Que tanto?

Dê bala pro neném, mamãe.
Dê um doce.
Logo.

Só um quartinho, num cantinho,
Só ele vai saber. E logo tu descansa em paz
E o bebê, vai viajar.

Tudo vai ficar bem.

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